Um exemplo vindo de Espanha
Os cebeístas de Cádis não "brincam em serviço"
 

Dá gosto constatar do trabalho desenvolvido em prol das radiocomunicações, em especial da Banda do Cidadão, levado a cabo por os nossos vizinhos cebeístas de Espanha, mais propriamente na região de Cádis, situada na Comunidade Autónoma Andaluza.
O exemplo disso, é o trabalho desenvolvido pelo grupo de trabalho do site “cb27.com”, ao oferecerem aos aficionados das radiocomunicações, tanto em Espanha, como em países de origem latina e até a nível mundial, não só na Internet como no terreno, um vasto leque de diversas informações dirigidas aos radioaficionados, apoio técnico e operacional.
Na mesma sintonia de vontade e trabalho também se encontram as seguintes organizações: “Associação Pro-Museu CB” e a “União dos Radioaficionados de Algeciras”.
Todos eles, têm prestado um imensurável serviço público de excelente qualidade.

Carregar no link abaixo para ler a notícia original, publicada no site cb27.com com o título:

“Estaciones de Banda Ciudadana, en varios centros educativos del Campo de Gibraltar”
Tradução e adaptação da notícia:
 
"Estações da Banda do Cidadão em vários centros educativos do “Campo de Gibraltar”
 

Por parte da “Associação Pro Museu CB” e da “União dos Radioaficionados de Algeciras”, a Banda do Cidadão instalar-se-á, permanentemente, em três Institutos de Gibraltar: a “IES Virgen de la Esperanza” em La Linea; a “IES Castilla del Pino”, em San Roque; e a “IES Ventura Moron”, em Algeciras.
Nesses três centros, instalar-se-á uma estação CB27 doada por a “Associação Pro CB Museu” para ficar permanentemente instalada para que os estudantes desses três institutos possam entrar, não só em contacto entre si e com outros cebeístas nos seus tempos livres, como em actividades programadas pelo corpo docente destas organizações educativas.
Para lhes explicar o funcionamento do CB e das radiocomunicações, membros da União de “Radioaficionados de Algeciras” e do “Pro Museu CB”, vão organizar, na próxima semana, palestras informativas e demonstrações práticas de contactos-rádio.
Segunda-feira será na “IES Virgen de la Esperanza” em La Línea.
Terça-feira, na “IES Castilla del Pino”, em San Roque.
Quarta-feira, na “IES Ventura Moron”, em Algeciras.
Como o trabalho da escola, os alunos de grau médio de equipamentos electrónicos de consumo terão de procurar informações na Internet, tanto dos códigos que vão utilizar (fonético e dos "Q") e o esquema para a fabricação de antena e fonte de alimentação que será necessária para o funcionamento da estação.
Esta iniciativa só poderia ser possível graças à utilização livre da Banda do Cidadão. Além disso, ontem, sexta-feira, 80 estudantes do ensino fundamental do “CEIP Parque Estreito”, tiveram a oportunidade de participar do programa da “União de Radioaficionados Espanhóis”, chamado "A Rádio e as Escolas".

Tanto para a da “União de Radioaficionados de Algeciras” como para o “Pro Museu CB”, fundamental dar a conhecer às crianças e jovens o prazer de praticar o radioamadorismo. Porque se não o percebem e não conhecem as possibilidades das radiocomunicações amadoras, nunca irão saber se gostam, ou não, desta actividade. Portanto, não farão nada para se iniciarem neste passatempo.

 
A opinião de "Portugal Rádio CB"
 

Lamentamos que em Portugal, projectos destes não funcionem. O que funciona bem é “projecto do comes-e-bebes”. Tirando isso, muito pouco ou nada se faz com cunho construtivo e duradouro para que as potencialidades da Banda do Cidadão estejam ao serviço da sociedade civil.
As organizações cebeístas portuguesas não estão organizadas, nem têm elementos directivos com condições técnicas e humanas para criar protocolos com estruturas educativas juvenis, potenciando projectos como os que estão a decorrer na Andaluzia - Espanha.
O esvaziamento de ideias e vontades, aliada à incompetência e desorganização, de alguns “Senhores” “Directores” e “Presidentes” das Associações da Banda do Cidadão em Portugal, é de tal ordem, que as actividades, ditas cebeístas, se resumem à rotina do contacto-rádio, dos almoços, dos petiscos, do “diz-que-disse” e na recepção, periódica, a certos euro-turistas do funcionalismo pseudo-federativo cebeísta (?). Só não vê quem é, ou se finge, cego.

Apesar disto, ainda há quem tenha condições para inverter este estado de coisas, mas não consegue ir longe. Quem gosta de trabalhar voluntariamente, sem compensações de quaisquer espécie, se o seu trabalho é constantemente boicotado por aqueles que prometem ajudar, mas não cumprem? Já não existem vontades nem disponibilidades. A concepção de militância e o espírito de missão de alguns cebeístas, para não dizer, da grande maioria, é baseada em contrapartidas materiais e na exigência de reconhecimento público. Assim, não se vai lá…

Que se ponham os olhos no exemplo que nos dão os cebeísta de Espanha. Mas como cá, a nível de Banda do Cidadão, é a miséria que se conhece, nunca poder-se-á realizar tais projectos. Só se diz que, «de Espanha, nem bom vento, nem bom casamento».
Provérbio popular? Ou o argumento da cobardia, preguiça, desorganização e incompetência de alguns que se arrogam de ser os “pais” da Banda do Cidadão em Portugal?
Arre!

Luís Forra
CB "Dakota Bravo"
22 de Janeiro de 2015

 

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