A NOSSA OPINIÃO

Após termos reflectido sobre as poucas, ou nenhumas reacções dos “cebeístas” e das organizações ditas “cebeístas”, às notícias vindas da Europa sobre os resultados dos testes feitos, num laboratório na Alemanha, a determinadas marcas de transceptores da Banda do Cidadão, concluímos que:

1 - Ninguém leu, com a devida atenção, o documento emitido pela ETSI - Technical Committee Electromagnetic Compatibility (Comité Técnico para a Compatibilidade Electromagnética). O presente documento foi desenvolvido com o apoio e cooperação entre o ETSI e o ECC - Electronic Communications Committee (Comité das Comunicações Electrónicas) da CEPT - European Conference of Post and Telecommunications Administrations (Conferência Europeia das Administrações dos Correios e Telecomunicações). Ler o documento SRDoc-TR102626

2 - Devido às, quase, inexistentes reacções dos eventuais leitores deste documento, parece-nos que os mesmos não se sentiram sensibilizados, ou, então, estão-se “nas tintas” para os resultados dos testes e suas consequências. A excepção à regra vem do colega Carlos Carvalho, estação “Lusitânia CB”, promotor de uma Petição que não acreditamos ter qualquer apoio para ser enviada à Assembleia da República. Antes de conhecermos o conteúdo da Petição, pois desde 23 de Junho de 2009 que ainda não foi divulgado, podemos afirmar que à partida está ferida de morte.

3 - O que é perceptível neste documento emitido pela ETSI, são três ideias básicas.
A primeira, é que os testes feitos foram por iniciativa das altas entidades das radiocomunicações europeias. A segunda, prende-se com as conclusões dos referidos testes determinando que as interferências dos 27MHz não se fazem sentir nos aparelhos de TV, HI-FI e equipamentos domésticos.
A terceira, é que o tal documento, que teve uma vasta difusão na Internet, não teve, por parte de nenhum dirigente euro-federativo da Banda do Cidadão, ou seu representante, o empenho e rapidez de explicar aos cebeístas portugueses do que se estava a passar. Não existe em Portugal um representante da ECBF (Federação Europeia da Banda do Cidadão - facção francesa)? Se existe, qual a sua função e obrigações em relação aos cebeísta portugueses e às organizações cebeístas activas?
Todo este vazio remete-nos para a habitual atitude da cúpula euro-associativa da Banda do Cidadão, onde em primeiro lugar estão as guerrilhas pelo poder e interesses pessoais, por vezes com contornos pouco perceptíveis, em detrimento dos verdadeiros interesses dos utentes da Banda do Cidadão.
Quando estes dirigentes euro-associativos escolhem Portugal como local para as suas reuniões de trabalho, qual a razão que os leva a não saberem organizar, convenientemente, um encontro aberto com o maior número possível de organizações cebeístas nacionais, legalizadas, ou não, e cebeísta em geral?
Porque será que a última visita a Portugal dos dirigentes euro-associativos, efectuada em dia 13 de Julho de 2008 na Cidade de Tomar, redundou num enorme fracasso, em termos de mobilização de pessoas e organizações? Os presentes não passavam de trinta pessoas, incluindo os dirigentes euro-associativos, cebeístas, senhoras e crianças.
Onde estava o coordenador desde encontro, “membro português da ECBF o Sr. Victor Reis”, nas palavras do Senhor Dieter Löchter, Presidente da ECBF (facção francesa), para coordenar o evento?
Em termos organizativos, os dirigentes euro-associativos não aprenderam nada com os acontecimentos do dia 9 de Dezembro de 2006 na Cidade de Tomar, onde estiveram presentes?

No meio de toda esta grande trapalhada, há duas pessoas que merecem uma referência: o Senhor Vítor Reis, membro português da ECBF (facção francesa) pela sua abstracção e distanciamento destes episódios. O Senhor Oscar Espallargas pela sua competência, pelo seu saber e empenho à causa cebeísta. A ele devemos a continuação da Banda do Cidadão em Portugal, como ela está, quando em 1999 o ICP queria acabar com o CB. Mas o seu poder de persuasão e a sua capacidade técnica reconhecida convenceu a tutela a mudar de opinião.

4 - Mais uma vez, está demonstrado que não existe união no universo cebeísta português. Seja a nível associativo como pessoal. Cada um luta para manter o seu território e reforçar as suas influências.

Luís Forra.

 

 


Este site está optimizado para ser visualizado em 1440x900

Copyright © 1996, Portugal Rádio CB