(mais um episódio desta novela)

O Paulo, estação CB "Patrick", sócio nº 670 da Liga para a Defesa da Banda do Cidadão (Liga CB), com o canal # 8 (27,055 MHz) AM como QAP na região de Sintra, continua na sua luta inglória tentando “convencer” a entidade da tutela a actuar contra quem for proprietário de qualquer tipo de aparelho causador das fortes interferências sentidas em determinadas frequências, especialmente nos 27 MHz, provocadas pelo PLC (Power Line Comunication). Tem-nos reenviando os e-mail’s destinados à ANACOM, alertado e informado a entidade da tutela de toda esta situação.

Como todos nós sabemos, em Portugal, a Banda do Cidadão, além de não estar protegida por lei, ainda sofre, não só os ataques vindos de determinadas elites radiofónicas ditas de “amador”, como também outro tipo de ataques vindos de determinadas pessoas que utilizam o CB para fazer de tudo menos comunicar por amor ao seu passatempo.
Com estas “ajudas”, vindas de vários lados, não há “Liga” que tenha condições para defender seja o for. Enquanto uns, trabalham e tentam unir pessoas e associações em volta de um projecto válido e sustentado (como agora se diz), outros, por inépcia, desinteresse, ignorância ou vaidade, só ajudam a destruir qualquer hipótese de entendimento e coesão dos que ainda têm condições para dar o seu contributo para que o CB, em determinadas circunstâncias, continue a ser a frequência alternativa quando todos os sistemas de comunicação entram em colapso.
O que se fazer, quando a grande maioria dos utilizadores da Banda do Cidadão não reage ao problema das interferências provocadas nos seus equipamentos pelo PLC? Se não ninguém motivado a colaborar, minimamente, com os que querem trabalhar para denunciarem toda esta situação, a solução é abandonar a ideia. Quem se sentir interferido, que se queixe à ANACOM. Depois vão ter a “satisfação” de ler a resposta que eles enviam.

No passado ano de 2008, a Liga CB, lançou o repto, apelando à paciência e boa-vontade de quem é interferido. Lembram-se? É só clicar aqui para ler o que foi escrito na altura. Quem que respondeu ao chamamento? Somente o Paulo, estação CB "Patrick". O restante é tudo “trinta e um de boca”. É sempre o mesmo: todos falam, dão “bocas”, têm soluções para tudo, mas para trabalhar não aparece ninguém.
Apesar de não concordarmos com os métodos de trabalho do Paulo, estação CB "Patrick", em relação a este problema (podem ler o que escrevemos clicando aqui, temos que reconhecer o mérito a sua luta e valorizar o seu trabalho. Lamentamos que só haja um Paulo, estação CB "Patrick". Se houvessem muitos mais, podem ter a certeza que até uma manifestação organizada e participada ao Governo Civil de Lisboa, iria dar brado na Avenida José Malhoa à porta da ANACOM.
Mas, “meia dúzia de gatos-pingados” nada podem fazer. Só iriam dar lugar ao ridículo, transformando a sua legitima indignação pública, num gozo para os muitos detractores que os verdadeiros defensores da Banda do Cidadão têm que aturar.
Como é sabido, a união faz a força e, actualmente, no seio dos utilizadores do CB, essa união não existe. Quando há alguma tentativa para unir, lá vão aparecendo algumas (muito poucas) boas intenções momentâneas, mas dissipam-se rapidamente porque para trabalhar nunca há tempo (só não percebemos porque é que voluntariaram se não têm condições para ajudar).

Foi o que aconteceu em Dezembro de 2006 na Cidade de Tomar, com o tal Colóquio CB, des(organizado) pela ANARCB-DX. Foi o fracasso total.
Ficou devidamente demonstrando a total ausência de organização, com temas em discussão sem qualquer sustentabilidade resultando num festival de lugares-comum e conclusões insípidas. O resultado daquele chamado Colóquio, foi o nado morto chamado de “Grupo de trabalho para a Normalização do CB em Portugal” (NORMA). Passado um ano e dois meses após a formação deste grupo de “trabalho”, a Liga CB emitiu o seguinte comunicado:

Como é do conhecimento geral, após 1º Colóquio sobre a Banda do Cidadão realizado na cidade de Tomar, no dia 9 de Dezembro de 2006 e organizado pela ANARCB-DX de Tomar, foi constituído um grupo de trabalho com a missão de elaborar um documento reivindicativo das pretensões dos cebeísta portugueses a apresentar à Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM), devido ao facto da mesma (ANACOM) não estar a aplicar o Decreto-Lei 47/2000 de 24 de Março. Quando o faz, é de uma forma discriminatória e visando só o lucro resultante das coimas que, eventualmente, irá aplicar.
O grupo de trabalho reuniu uma só vez, e logo com a falta de comparência de três elementos que se tinham disponibilizado, perante todos os que estavam presentes no Colóquio, para trabalhar neste grupo.
Em função do desinteresse de alguns e da falta de tempo de outros, devido à vida profissional e familiar, resultando na total inoperância deste grupo que durante 12 meses nada produziu, a Direcção da Liga para a Defesa da Banda do Cidadão (Liga CB), em reunião no dia 23 de Fevereiro de 2008, deliberou o seguinte:

1 – Retirar os seus elementos directivos do grupo de trabalho.
2 – Não só deixar de defender causas perdidas à partida, como deixar de alimentar falsas esperança num diálogo efectivo e frutuoso com a ANACOM.
3 - Não nomear nenhum representante da Liga CB, para fazer parte e/ou estar presente em encontros e/ou reuniões onde sejam discutidos assuntos cujos temas apontem para uma remota e longínqua possibilidade de entendimento entre associações cebeístas e a ANACOM.
4 – Dar conhecimento destas deliberações a todos os colegas em geral, via e-mail, e em carta registada com aviso de recepção aos que compõem o grupo de trabalho.

A Liga CB continuará a actuar da mesma forma de sempre: promover actividades cebeístas, onde todos podem participar, divulgando e dignificando a Banda do Cidadão; proporcionar aos seus associados bons descontos em equipamentos e acessórios CB, como tem acontecido; oferecer informação jurídica, no âmbito das radiocomunicações.

Finalizando, não nos sentimos motivados a “mexer uma palha” nem entrar em esforços inconsequentes na tentativa que andarmos por aí, tentando interceptar e gravar as interferências resultantes do PLC, enviando-as posteriormente para a ANACOM, como tem feito o Paulo, estação CB "Patrick".
Mais uma vez, lembramos que a Banda do Cidadão em Portugal não é protegida. Se não é protegida, nada há a fazer. É que, já estamos fartos, de quando enviamos qualquer correspondência para a ANACOM (não é só o Paulo, estação CB "Patrick" que se corresponde com a ANACOM), venha sempre a mesma resposta robotizada informando o seguinte: ”acusamos a recepção do e-mail em referência, que nos mereceu a melhor atenção, e informamos que o assunto foi encaminhado para os nossos Serviços competentes”.
Este tipo de resposta é uma ofensa à inteligência de qualquer ser vivo. O que a ANACOM quer dizer nas entrelinhas destas respostas robotizadas, é que recebeu o e-mail e vai directamente para o caixote do lixo dos “Serviços competentes”. Isto, não tem qualquer tipo de interesse e em nada contribui para a resolução seja do que for. Gastar tempo e neurónios com este diálogo de surdos com a ANACOM, é um desperdício inconcebível.

REPETINDO E ACRESCENTANDO

A Liga CB continuará a actuar da mesma forma de sempre:

• Promover actividades cebeístas, onde todos podem participar, divulgando e dignificando o que resta da verdadeira Banda do Cidadão;
• Proporcionar aos seus associados bons descontos em equipamentos e acessórios CB, como tem acontecido;
• Oferecer informação jurídica, no âmbito das radiocomunicações;
• Deixar para outros, mais interessados, a luta contra o PLC;

Infelizmente, a mentalidade do início do seculo XXI é a seguinte:

Em vez de: " um por todos e todos por um", passou a ser: "um por ele próprio e todos por ninguém"

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Luís Forra
18 de Março de 2009