Completam-se em 2015, os 20 anos da formação do “Grupo de Expedições Rádio CB” de Almada. O Grupo foi fundado em 1995 por dois elementos: estação “Dakota Bravo”, Luís Forra, Almada; estação “Moicano”, Carlos Leal, Almada (falecido) e estação “Morcego”, Álvaro Cleto”, Lisboa (falecido).
No mês de Agosto de 1995, organizou-se uma Expedição rádio CB experimental ao alto da Fóia, Serra de Monchique, que nos proporcionou uma excelente experiência. Sem haver a possibilidade de avisar fosse, quem fosse, pois nessa época telemóveis e Internet era uma raridade, tivemos um retorno de informações que nos fez concluir que esta actividade teve um excelente acolhimento de todos.
Em termos de Banda do Cidadão em Portugal, era a primeira vez que um Grupo de CB organizava uma “Expedição” rádio CB, também chamada de “Activação” rádio CB, também ´”Exercício” de rádio CB, ou outro nome que alguém queira inventar.
Foi a pedrada no charco do imobilismo das actividades cebeístas em Portugal. Exceptuando o “DX”, o “Conteste”, a “Caça à Portadora”, também chamada de “Caça à Raposa” ou do sempre almoço, ou jantar de convívio, mais nada existia que pudesse mobilizar as vontades que os “macanudos” tinham de “fazer rádio”.
Fomos nós, ”Grupo de Expedições Rádio CB” - Almada, que introduzimos este tipo de actividade no mundo da Banda do Cidadão em Portugal.
Assim, surge a primeira “Expedição rádio CB” à Serra da Arrábida, no fim do mês de Fevereiro de 1996. Nesta primeira actividade contactámos e registámos 129 estações desde Portimão (Algarve) ao Sabugal (Beira Alta).
Após este êxito, aos três fundadores do Grupo, juntam-se mais algumas estações que o fortificam, criando-se uma estrutura logística, tornando-o mais actuante e com poder de deslocação a nível nacional.
Foram estas as estações: estação “Delete”, Vítor, Parede; estação “Delete II”, Isabel, Parede; estação “Toucas”, Vera, Parede; estação “Carioca”, Paulo, Cascais; estação “Comodoro”, Luís, Estoril e estação “Helvético”, Fernando, Feijó.
Esta composição do Grupo durou, aproximadamente, um ano. Após a Expedição rádio CB à Serra da Estrela, nos dias 22 e 23 de Fevereiro de 1997, o Grupo ficou com a seguinte composição: estação “Dakota Bravo”, Luís Forra, Almada; estação “Morcego”, Álvaro Cleto”, Lisboa; estação “Lira”, Margarida, Corroios; estação “Pica-Pau”, Carvalho, Forte da Casa; estação “Nalguinhas”, José Carlos, Corroios e estação “Gama”, António, Corroios.
Desde 1995 até final de 2011, durante 17 anos consecutivos, mantivemos uma corrente contínua anual de activações rádio CB. A continuidade anual foi interrompida devido às dificuldades, de todo o género, criadas pela grande crise que se fez sentir especialmente a partir de 2010 até ao momento.
Com a pequena melhoria da situação económico-financeira que se faz sentir, actualmente, no nosso sector profissional, começam-se a abrir boas perspectivas para voltarmos ao nosso passatempo de eleição.
No passado ano de 2014 já estivemos a “desenferrujar” os nossos equipamentos na Serra de Monchique, no Algarve, quando “Os Marafados CB Clube” nos convidaram para colaborar na “Activação rádio CB”, organizada no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril de 1974.
Durante este ano de 2015, temos intenção de realizar uma, ou outra actividade cebeístas, celebrando os 20 anos da formação do “Grupo de Expedições Rádio CB” de Almada.
Temos um passado de trabalho árduo na divulgação e dignificação da Banda do Cidadão em Portugal. Temos um testemunho que nos orgulhamos, porque não existe em Portugal nenhuma organização cebeísta, legalizada ou não legalizada, que tenha um património de “evangelização” cebeísta devidamente organizado como o “Grupo de Expedições Rádio CB” - Almada.
Existe um registo altamente completo e publicado na Internet, para ser consultado por quem quiser ver ou tirar dúvidas, que comprova toda a nossa actividade cebeísta até ao presente.
Fazendo um simples exercício de memória, podemos informar que realizámos, sozinhos ou em colaboração, 72 activações rádio CB com mais 12 de PMR446 e eQSO incluídas nas de CB, o que totaliza 84.
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Manufacturámos 1 Diploma por cada activação diferente, o que representou na prática 84 Diplomas diferentes. Se fizermos uma média, por baixo, de 30 Diplomas enviados por cada uma das 84 actividades, dá uma soma de 2.520 Diplomas.
Ninguém nos deu um cêntimo para cobrir despesas na compra da cartolina A4 para imprimir os Diplomas, envelopes para comportar os Diplomas, tinteiros para a impressora e selos de correio para enviar este “material” todo.
Por cá não estamos a “puxar galões”. E a nada fomos obrigados. Mas temos orgulho de termos feito o que fizemos, e iremos continuar a fazer, sem nos terem encomendado nada. Nem fazemos a vontade a quem não merece, nem andamos a lamber o rabo (desculpem a expressão) aos “euro-encantadores de serpentes” que prometem aquilo que nem eles conseguem ter.
Muito mais haveria para dizer, sobre o tema Banda do Cidadão. Estamos cá desde 1978. Acompanhámos, directa ou indirectamente, o percurso de muita coisa e de muita gente. Só que, nesta altura do “campeonato”, já não há pachorra para aturar incompetentes, inadaptados e extremistas falhados (jihadista da chulice).
Banda do Cidadão, sempre!
Luís Forra
CB "Dakota Bravo"
10 de Janeiro de 2015
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